O empresário Carlos Wizard chegou ao Brasil nesta segunda-feira em retorno de viagem aos Estados Unidos para depor à CPI da Covid na próxima quarta-feira. Conforme solicitação da Comissão Parlamentar de Inquérito e determinação da Justiça, ele teve de entregar o passaporte à Polícia Federal, e o documento fica retido até que ele preste depoimento.
A presença do bilionário fundador de uma escola de idiomas era esperada no dia 17, mas ele não compareceu alegando estar nos Estados Unidos para acompanhar familiares. Wizard é investigado por supostamente participar de um ‘gabinete paralelo’ responsável pela tomada de decisões na pandemia e pelo aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro.
STF
O não comparecimento à CPI revoltou os senadores, que pediram à Justiça ordem para a condução coercitiva do empresário e a retenção do passaporte. Os pedidos foram atendidos, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu a ordem para condução coercitiva.
Nas redes sociais, Wizard informou que chegou a Campinas e que pretende ficar em Brasília. Relatou ainda que viajou em março para o estado de Utah, onde vivem os pais dele. Em seguida, se deslocou para a Flórida, onde reside a filha Thais, que dá à luz nos próximos dias, afirmou. “Estou com a consciência em paz”, disse.
Covaxin
O depoimento de Wizard está marcado para quarta e acontece no momento em que a CPI já alterou o foco da atuação do suposto gabinete paralelo para as possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde.