Marco Aurélio adia aposentadoria para reduzir acervo deixado ao sucessor

Ministro do STF pediu para permanecer no cargo até 12 de julho

Foto: Carlos Alves Moura / STF

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou a saída do cargo em uma semana. O decano pediu para seguir trabalhando até 12 de julho, data em que completa 75 anos e é obrigado a se aposentar.

Em ofício enviado à presidência do tribunal, Marco Aurélio disse que vai ficar na cadeira até a data limite para reduzir o acervo de processos pendentes ao sucessor.

“Faço-a para, em livre manifestação, dedicar-me, até à undécima hora, ao Judiciário e, com isso, diminuir, ao máximo, o número de processos que ficarão, no Gabinete, esperando o sucessor. Assim, em vez de antecipar, aguardarei, em mais uma demonstração de apego ao ofício de servir, como julgar, aos semelhantes, a data-limite de permanência do cargo, a ocorrer em 12 de julho próximo, ao completar 75 anos de idade”, escreveu. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Indicado ao tribunal pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, de quem é primo, Marco Aurélio tomou posse como ministro da Suprema Corte em meados de 1990 e, desde então, assumiu a presidência do tribunal em quatro ocasiões.

A cadeira deixada por ele vai ser ocupada por um nome a ser escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro e aprovado pelo Senado Federal. No atual mandato, Celso de Mello também se aposentou, no ano passado, sendo substituído pelo ministro Kassio Nunes Marques.