A Polícia Civil concluiu ter sido trazido de outro local o paralelepípedo de 7,5kg arremessado contra o para-brisa do carro de um casal, na noite de sábado passado, junto à nova ponte do Guaíba, na FreeWay. O golpe causou a morte de uma mulher de 45 anos, que era passageira do veículo.
“A pedra não caiu e não fazia parte da estrutura da ponte”, revelou a titular da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DPHPP), delegada Roberta Bertoldo, à reportagem do Correio do Povo.
“Só olhando, a gente já observa isso. A pedra não é do local. Ela foi levada para algum fim”, acrescentou. A Polícia ainda busca a autoria e a motivação do ataque contra o Honda WRV, conduzido pelo marido da vítima. A linha principal de investigação é a de tentativa de assalto.
As diligências prosseguem em bairros e vilas próximos do local, além da busca por imagens de câmeras de monitoramento. A identificação da origem da pedra, carregada até a rodovia de modo premeditado, pode ajudar na localização do responsável pelo crime.
O marido da vítima prestou depoimento nessa manhã. “Ele nos confirmou a localização do fato e era onde suspeitamos”, revelou a titular da 2ª DPHPP. “Ele relatou o que já tínhamos colhido informalmente. Contou que transitava pela via pública com a esposa quando sentiram um estrondo. Neste momento, ele falou à vítima que estavam sendo assaltados e imprimiu velocidade”, salientou.
“Ao não ter resposta da esposa, olhou para o lado e a viu desmaiada. Ele levou-a para o hospital”, completou a delegada. “Ele afirmou não ter visualizado nenhuma pessoa devido à circunstância de sair em alta velocidade para evitar um assalto e também para socorrê-la”, complementou.
A vítima, Munike Fernandes Krischke, residia com o marido e um filho de seis anos no bairro Sarandi. O casal seguia para um jantar de Dia dos Namorados, em um restaurante na zona Sul de Porto Alegre. Ferida gravemente pela pedra, Monique não resistiu e faleceu durante atendimento médico, no Hospital de Pronto Socorro (HPS).
