Morador de Ijuí é preso em operação internacional de combate à pornografia infantil

Força-tarefa teve desdobramentos em 18 estados e cinco outros países

Agentes também cumpriram ordens judiciais em Canoas, na Região Metropolitana. Foto: Polícia Civil/Divulgação

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) deflagrou, nesta quarta-feira (9), a oitava fase da Operação Luz na Infância – que visa o combate aos crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. Agentes da polícia civil de 18 estados foram mobilizados, e cumprem 176 ordens judiciais de busca e apreensão. Há desdobramentos, também, em cinco outros países.

No Rio Grande do Sul, a força-tarefa percorre as ruas de Canoas e Ijuí – onde uma pessoa foi presa. Ainda não foram divulgados maiores detalhes sobre as circunstâncias da detenção. Segundo a diretora da Divisão da Criança e Adolescente (Deca) do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), delegada Eliana Parahyba Lopes, os chamados “predadores” têm se multiplicado na Internet.

“Queremos chamar atenção para o papel dos pais nessas situações, os quais devem estar sempre alertas e vigilantes, inclusive, fazendo uso de dispositivos que assegurem o controle parental”, ressalta. Os crimes de armazenamento, produção e compartilhamento de conteúdo sexual envolvendo adolescentes estão previstos na Constituição Federal, e podem resultar em pena de um a oito anos de prisão.

Outros estados

Além da polícia gaúcha, participam da operação agentes lotados em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, e São Paulo. Também são cumpridas ordens judiciais na Argentina, Estados Unidos, Equador, Panamá e Paraguai.

Até às 10h, pelo menos 41 pessoas haviam sido presas em flagrante – incluindo o morador de Ijuí. Dez delas foram encontradas na Argentina, e quatro no Paraguai. Desde a sua primeira fase, deflagrada em 2017, a Luz na Infância já contribuiu para a prisão de quase 700 suspeitos de envolvimento na produção, armazenamento e compartilhamento de conteúdos pornográficos envolvendo menores de idade.