Pfizer produz anticorpos contra variante indiana, mas tem eficácia reduzida

Imunizante também é capaz de neutralizar a variante britânica

Um estudo divulgado neste sábado (29) pelo Instituto Pasteur, de Paris, mostra que a variante indiana do coronavírus reduz a eficácia da vacina desenvolvida pelas biofarmacêuticas Pfizer/BioNTech. Segundo os cientistas, o imunizante é capaz de produzir anticorpos contra a mutação, mas em quantidade “levemente menor” do que o comum.

A pesquisa também analisou a eficácia da fórmula para a variante britânica do coronavírus. Neste caso, os resultados foram melhores: as pessoas vacinadas com as duas doses estão protegidas contra a mutação, originada no Reino Unido, no mesmo índice de imunidade registrado para o Sars-Cov-2 inicial, identificado pela primeira vez na China.

O estudo também buscou atestar a eficácia da vacina de Oxford/AstraZeneca contra as variantes, mas apenas com pessoas que receberam a primeira dose. Os resultados, considerados preliminares, mostram que o imunizante também é eficaz contra a variante britânica, mas “funciona muito pouco contra as variantes indiana e sul-africana”.

Variante indiana

A mutação detectada na Índia, em outubro de 2020, é conhecida cientificamente como B.1.617 e pode ser mais contagiosa do que as mutações do Reino Unido e da África do Sul. Ela também é a única que, até o momento, apresentou resistência parcial às vacinas – em especial à da Pfizer, que é eficaz contra todas as outras.