A prefeitura de Porto Alegre anunciou, nesta sexta-feira (28), que os profissionais da rede municipal de educação serão vacinados contra a Covid-19 a partir da semana que vem. A aplicação das doses terá início na terça (1) – utilizando ampolas da Pfizer/BioNTech, que devem ser disponibilizadas à cidade um dia antes.
O cronograma prevê que o atendimento comece pelos servidores que atuam na Educação Infantil e nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental. A administração estima que 3.500 profissionais recebam a primeira dose já na próxima semana. A vacinação dos professores das redes privada e estadual, entretanto, ficará para depois.
“As secretarias da Saúde e Educação estão trabalhando em um calendário, que será divulgado em breve. É claro que virá, agora, a questão dos professores das redes privada e estadual, mas nós não teríamos perna para vacinar além da rede municipal. A nossa decisão precisa ser adequada à realidade da cidade”, afirma o prefeito Sebastião Melo.
Segundo o coordenador da Vigilância em Saúde da Capital, Fernando Ritter, a decisão de dar início à vacinação dos educadores foi tomada durante a madrugada, após reunião com representantes dos governos estadual e federal. A ideia é atender o grupo em uma espécie de “fila paralela” à ordem determinada pelo Ministério da Saúde.
“Nós vamos seguir com a vacinação dos grupos prioritários. Continua a imunização das pessoas com comorbidades, das pessoas com deficiência permanente. Não vamos conseguir vacinar todos os professores ao mesmo tempo, mas temos condições de começar”, ressalta Ritter.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), 9.412 profissionais da área receberão a primeira dose da vacina nos próximos dias. Destes, 5.602 atuam em escolas municipais, 3.433 em instituições comunitárias e 377 na própria Smed. A imunização da categoria será concentrada em 12 unidades de saúde, a serem anunciadas.
Capital soma 21 casos de Covid-19 desde retomada presencial
Um levantamento da Smed, divulgado na última terça-feira, mostra que duas escolas da rede pública municipal tiveram de suspender as aulas presenciais após a confirmação de casos de Covid-19. Os profissionais contaminados fazem parte das equipes diretivas das instituições e, por isso, não houve a possibilidade de substituição imediata.
Desde a retomada das atividades, cerca de 1,5 mil profissionais da educação foram testados – seja por rastreio (teste em profissionais assintomáticos) ou por investigação de surto (teste em profissionais com sintomas). 21 casos da doença foram confirmados; outros 72 foram descartados e 53 seguem em investigação.