China libera IFA para Brasil produzir 16,6 milhões de doses contra a Covid

Embaixador do país asiático anunciou que matéria-prima para a fabricação de imunizantes pelo Butantan e Fiocruz chega nos próximos dias ao país

Foto: Maria Ana Krack/PMPA

Depois de reunir-se com governadores para tratar da liberação de insumos para produção de vacina contra a Covid-19, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, postou em rede social que o país asiático liberou novos lotes de IFA (insumo farmacêutico ativo) suficientes para fabricar 16,6 milhões de doses de vacinas CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca. Os lotes de matéria-prima para produção dos fármacos “chegarão nos próximos dias” ao Instituto Butantan e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), escreveu o diplomata.

Conforme fontes ouvidas pelo R7 Planalto, durante a reunião com o embaixador, o governador de São Paulo, João Doria, propôs uma viagem para o país oriental com uma comitiva brasileira. O tucano avalia que a compra de imunizantes chineses aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pode ser feita diretamente pelo Fórum dos Governadores, e não pelo Ministério da Saúde.

A notícia da liberação do IFA repercutiu na CPI da Covid, que ouve nesta quinta-feira o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Também hoje a Fiocruz interrompeu a produção da vacina Oxford/AstraZeneca justamente por falta de insumos importados da China.

O Ministério da Saúde informou que já foram distribuídas cerca de 90 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, que já matou mais de 440 mil pessoas, desde o início da campanha de vacinação, em 18 de janeiro.