Novo modelo de distanciamento transfere responsabilidade aos municípios, antecipa presidente da Famurs

Para Maneco Hassen, sistema de alertas vai fazer com que governo estadual abra mão da liderança em relação as ações de fiscalização e controle da pandemia

Maneco Hassen, presidente da Famurs | Foto: Voltaire Santos

O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Maneco Hassen, afirmou hoje que o Piratini renuncia à liderança e transfere a responsabilidade para os municípios e regiões com o novo modelo de distanciamento, que deve ser anunciado amanhã e entrar em vigor no sábado. Hassen participou do programa Esfera Pública, na Rádio Guaíba, nesta quinta.

Para Hassen, o novo plano de distanciamento, criado para substituir o sistema de bandeiras por alertas, não deve impor o fechamento de nenhuma atividade econômica, em um primeiro momento. No entanto, durante as duas reuniões com o governador Eduardo Leite, os prefeitos levaram algumas sugestões, consideradas fundamentais pelos gestores, para que a ferramenta possa ter credibilidade e recuperar a confiança da população.

“A gente espera conseguir que todos os municípios do Estado tenham um programa de testagem frequente, semanal ou quinzenal, sem ser pelos dados hospitalares, o que facilita o combate a pandemia e evita casos mais graves. E segundo, uma participação frequente e mais efetiva dos órgãos de segurança no combate as aglomerações, que na nossa opinião são situações que os municípios têm mais dificuldade de controlar, pela própria característica da aglomeração de pessoas, que são grandes pontos de contaminação, pois é um momento em que elas, além de aglomeradas, estão sem os cuidados necessários”, declarou.

Proposta

Na proposta do governador Eduardo Leite, a população vai ser regida por dois tipos de protocolos: os gerais e os de atividades. Os protocolos gerais serão definidos pelo governo do Estado e devem ser seguidos obrigatoriamente por toda a população, em todas as atividades e em todos os municípios.

Já, os protocolos de atividades, são subdivididos entre obrigatórios e variáveis. Os da primeira categoria são específicos e devem ser seguidos para cada atividade e os variáveis serão propostos pelo Estado como padrão, mas poderão ser ajustados por uma determinada região para adequar as regras à realidade local. Para isso, 2/3 dos prefeitos de cada região Covid deve concordar com isso.