Prefeitura de Porto Alegre deve manter funcionários trabalhando em casa após pandemia

Proposta, que tem como foco a produtividade e a economia de recursos, já tramita internamente

O secretário André Barbosa (foto) encaminhou uma minuta de decreto ao prefeito Sebastião Melo. Foto: Alex Rocha/PMPA

O teletrabalho, adotado pela prefeitura de Porto Alegre como forma de conter o avanço da Covid-19 entre os servidores municipais, deve continuar sendo uma opção aos trabalhadores após o fim da pandemia. A proposta para implementação definitiva do regime já tramita internamente, e foi apresentada pelo secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa, ao prefeito Sebastião Melo (MDB).

A ideia é permitir que os funcionários escolham se preferem trabalhar em casa ou no local habitual. Dentre os possíveis benefícios, destacam-se o aumento da produtividade e a economia com alugueis – que custam R$ 14 milhões ao ano à prefeitura. “Além de uma nova modalidade, o teletrabalho moderniza, agiliza e otimiza as atividades, enxugando a máquina pública”, defende o secretário André Barbosa.

Se implementado de forma definitiva, o teletrabalho na Capital vai seguir baseado no cumprimento de atividades de forma remota, através da internet. As atividades que ocorrem, obrigatoriamente, em ambientes externos vão ficar de fora do eventual decreto. Este é, por exemplo, o caso dos servidores da Carris, Procempa e EPTC. Os planos de trabalho serão individualizados e deverão conter metas de desempenho.

Produtividade

A experiência dos primeiros meses de gestão mostrou que muitos setores aumentaram sua produtividade na modalidade híbrida de trabalho remoto e presencial. “Comprovamos que é possível promover uma cultura orientada a resultados, investindo em eficiência, redução de custos, estimulando o comprometimento dos participantes e desenvolvendo a inovação”, ressalta Barbosa.

A fiscalização ficará a cargo da Comissão de Gestão do Teletrabalho (CGT), que terá competências específicas e deverá encaminhar, periodicamente, pareceres ao titular da pasta de Administração e Patrimônio. O relatório deverá conter a análise dos resultados do teletrabalho nos órgãos municipais. A expectativa é de que o futuro do regime seja definido em, aproximadamente, um mês.