Porto Alegre: doses da Pfizer ficam em superfreezer da UFRGS até definição de estratégia

Vacinas precisam ser armazenadas sob temperaturas de -60ºC a -90ºC

Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre tem acesso, nesta terça-feira (4), às primeiras 32.760 doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer/BioNTech. A carga deixa a Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi) rumo ao Instituto de Ciências Básicas da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ainda durante a manhã.

A instituição de ensino será a responsável pelo armazenamento do imunizante em superfreezers, em temperaturas que podem variar de -60ºC a -90ºC. Segundo a prefeitura da Capital, ainda não há uma previsão de quando começará o uso das doses – que chegaram ao Rio Grande do Sul na noite da última segunda. Primeiro, as autoridades querem definir a estratégia de aplicação e os grupos que receberão a vacina.

As mais de 32 mil doses que estão em território gaúcho fazem parte de um lote maior, de 499,5 mil vacinas, distribuído pelo Ministério da Saúde às unidades federativas. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê que, neste primeiro momento, a fórmula da Pfizer/BioNTech seja oferecida às pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, além da população com deficiência permanente.

Ao todo, o Brasil conta com um milhão de ampolas do tipo; metade do lote enviado pelas farmacêuticas ao país permanece sob o controle do Governo Federal – garantindo a aplicação da segunda dose, 12 semanas após a primeira. As dificuldades logísticas decorrentes da temperatura que mantém a validade das vacinas fizeram com que o uso da fórmula fosse restrito às capitais, onde há superfreezers para armazenamento.

Oxford/AstraZeneca e CoronaVac

Ainda nesta terça-feira, acontece a distribuição das cerca de 480 mil doses das vacinas de Oxford/AstraZeneca, produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e da CoronaVac, fabricadas pelo Instituto Butantan. As ampolas foram enviadas pelo Ministério da Saúde ao Rio Grande do Sul entre a última quinta e a segunda-feira, e serão utilizadas para a continuidade da imunização de pessoas com comorbidades.

Todas as 458.614 vacinas da Fiocruz serão destinadas à primeira dose nos 497 municípios gaúchos. Enquanto isso, as 31.780 vacinas do Butantan vão ser usadas para reduzir o número de pessoas que aguardam pela dose de reforço no Estado. Segundo dados da SES, pelo menos 434 mil gaúchos – imunizados entre o fim de março e o início de abril – estão com a segunda dose da CoronaVac em atraso.