Anvisa autoriza uso emergencial de coquetel para tratamento da Covid-19 em hospitais

Medicamentos casirivimabe e imdevimabe não devem ser usados em pacientes graves

Foto: Marcelo Camara/Agência Brasil

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, nesta terça-feira (20), a autorização para o uso emergencial do coquetel de anticorpos monoclonais contra a Covid-19. Os fármacos são produzidos pela empresa Regeneron, e comercializado pela farmacêutica Roche.

Composto dos medicamentos casirivimabe e imdevimabe, o coquetel ficou conhecido após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump usar a medicação quando foi infectado com Covid-19, em outubro do ano passado. A Anvisa liberou o tratamento para uso somente em ambientes hospitalares, e em pacientes acima de 12 anos.

Os beneficiados com o tratamento, que será ministrado via endovenosa, precisam ter peso mínimo de 40 kg e não podem estar sob suporte ventilatório. Além disso, é recomendado que o coquetel seja receitado àqueles que possuam alto risco de desenvolver a forma grave da doença.

De acordo com apresentação de Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anivsa, o Reng-Cov-2 apresentou uma redução substancial no número de pacientes hospitalizados e mortes, no caso de infectados sintomáticos e com comorbidade. Além de apresentar uma diminuição da carga viral significativa dos doentes.

O coquetel também se mostrou eficaz nos estudos laboratoriais contra a variante amazônica. Os estudos clínicos seguem em andamento, mas as respostas iniciais são positivas. O Reng-Cov-2 é o segundo tratamento aprovado pela Anvisa para a Covid-19. O primeiro foi o medicamento Remdesivir, liberado em março.