Todas as regiões do Rio Grande do Sul seguem classificadas em bandeira preta no modelo de Distanciamento Controlado, que chegou à 50ª rodada nesta sexta-feira. Conforme a Secretaria de Saúde do Estado, apesar de melhorias em alguns indicadores, as 21 regiões permanecem, pela oitava semana seguida, no nível de risco mais grave de alerta.
O modelo aplica automaticamente a bandeira preta, a todas as regiões, quando a capacidade hospitalar fica próxima do limite. O cálculo divulgado hoje se baseia em uma ocupação hospitalar de 90%, com 333 leitos de UTI livres e 2.096 pacientes confirmados Covid-19 em estado grave, chegando a um índice de 0,16. A aplicação automática fica em vigor enquanto o nível estiver menor que 0,35.
Conforme o Comitê de Dados, o total de pacientes confirmados e suspeitos em UTI chegou ao pico de internados no dia 21 (2.771), mantendo-se com relativa estabilidade até o dia 27 de março, quando iniciou-se um processo de redução. Nesta sexta-feira, a taxa de ocupação de leitos UTI em geral era de 88,5%, com 2.168 pacientes confirmados ou suspeitos para Covid-19 e 824 pacientes não Covid. Somando o total de pacientes confirmados e suspeitos em leitos clínicos e UTI, o RS permanece com quase duas vezes mais internados do que nos picos anteriores.
O mapa divulgado nesta sexta é definitivo, com validade até 26 de abril, sem possibilidade de envio de pedidos de reconsideração à classificação, devido à gravidade do cenário. Também segue suspensa a Regra 0-0, a partir da qual municípios sem registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias podem adotar protocolos de bandeira imediatamente inferior.
Jà a cogestão regional segue permitida. Todas as 21 regiões Covid aderiram à gestão compartilhada e, com isso, podem utilizar protocolos próprios até o limite de restrições da bandeira vermelha – não podendo ser mais flexíveis que isso.
Em comunicado, a secretária da Saúde, Arita Bergmann declarou que, para a reabertura gradual de novas atividades, é fundamental que as prefeituras atualizem e atendam aos critérios exigidos nos planos municipais de fiscalização. Até agora, o governo recebeu 431 planos, mas muitos deles não atendem íntegra aos requisitos na íntegra. Devolvidos, esses dados devem ser corrigidos para que possam ser levados em conta.