Prefeitos se reúnem nesta quarta-feira para discutir privatização da Corsan

Em encontro, 317 gestores vão debater privatização da companhia

Foto: Corsan / Divulgação / CP

Na manhã desta quarta-feira (31), após a inciativa de convocação da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), 317 gestores municipais, que possuem serviços de água e e esgoto fornecidos Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), irão debater o futuro da companhia. O encontro virtual foi motivado por conta da proposta do governo para a privatização da companhia.

Na última terça-feira (23), após três reuniões – uma ordinária e duas extraordinárias -, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou o parecer favorável do deputado Elizandro Sabino (PTB) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 280/2019, que propõe a retirada da Constituição Estadual da exigência de plebiscito popular para a venda do Banrisul, Corsan e Procergs. A matéria recebeu nove votos favoráveis e três contrários. Sem a necessidade da execução de um plebiscito popular, o processo de privatização poderia acontecer sem maiores entraves legais pelo Governo do Estado.

Já nesta segunda-feira (29), a Corsan publicou seu último relatório de serviços prestados no ano passado. Segundo o documento, a companhia, que atende mais de 6 milhões de pessoas no Rio Grande do Sul, em 2020 entregou 583 milhões de metros cúbicos de água e tratou mais de 46 milhões de metros cúbicos de esgoto. Seus níveis de atendimento atingiram 96,58% no que diz respeito ao tratamento da água e 17,61% em esgoto.

Em 2020, a Corsan obteve receita líquida de R$ 3,2 bilhões e lucro líquido recorrente de R$ 480 milhões. Em 2019, os números, respectivamente, foram de R$ 2,9 bilhões e R$ 301,1 milhões. Impactou positivamente no lucro líquido o reconhecimento não recorrente de R$ 1,4 bilhão como tributos a recuperar no ativo não circulante, em virtude de ação de imunidade tributária que transitou em julgado em favor da companhia.