A Selic (taxa básica de juros) deve sofrer a primeira alta depois de 17 meses de baixas e manutenções. O anúncio oficial será feito nesta quarta-feira (17) às 18h30, quando será concluída a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central.
A previsão do mercado é de que a Selic, que atualmente está em 2% ao ano, fique entre 2,25% e 2,50% ao ano. Para dar ainda mais peso a este aumento, o Boletim Focus desta semana, divulgado na segunda-feira (15), também estima alta de 0,5 ponto percentual.
Outra atitude que é praticamente consenso entre os especialistas é que a elevação da taxa não pare por aí e que ela tenha uma alta gradual nos próximos meses.
Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), acredita que o Copom anunciará alta de 0,25 ponto percentual, mas afirma que há espaço para se chegar a 0,50 ponto percentual.
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, segue a previsão de Oliveira e espera uma alta de 0,25 ponto percentual na Selic.
“A pandemia segue piorando muito e obrigando o fechamento das principais regiões produtivas do país”, diz Sanches.
Para o economista, no entanto, subir demais os juros agora pode amassar ainda mais os setores de serviços e da indústria.
Betina Roxo, estrategista-chefe da Rico Investimentos, projeta a Selic em 5% até o fim do ano, com seis altas consecutivas de 0,5 ponto percentual a partir da reunião desta quarta-feira.