Dólar cai para R$ 5,54 e fecha no menor nível em duas semanas

Bolsa subiu quase 2% e aproximou-se dos 115 mil pontos nesta quinta

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Influenciada por fatores domésticos e internacionais, a cotação do dólar caiu para abaixo de R$ 5,60 e fechou no menor nível em duas semanas. A bolsa subiu pelo terceiro dia seguido e aproximou-se dos 115 mil pontos, nesta quinta-feira.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,543, com recuo de R$ 0,11 (-1,94%). A cotação operou em queda durante toda a sessão e está no menor nível desde 25 de fevereiro, quando operou a R$ 5,514.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, encerrou a sessão aos 114.984 pontos, com alta de 1,96%. O indicador subiu durante toda a sessão, chegando a ultrapassar os 115 mil pontos por volta das 17h30min, antes de desacelerar levemente.

No mercado doméstico, dois fatores levaram ao otimismo no mercado financeiro. O primeiro foi a aprovação, em segundo turno na Câmara dos Deputados, da proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial. O texto permite a recriação do auxílio emergencial no valor de R$ 44 bilhões com medidas de ajuste fiscal no médio e no longo prazo, como compensação.

O segundo fator foi a intervenção do Banco Central (BC), que leiloou US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro). Mesmo com a moeda norte-americana em tendência de queda, o BC atuou para derrubar as compras de dólares no mercado futuro, capazes de pressionar o câmbio para cima mesmo após a previsão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic na reunião da próxima semana.

No cenário internacional, o otimismo prevaleceu nos mercados externos após a divulgação de que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos ficaram abaixo do esperado e com a sanção da ajuda de US$ 1,9 trilhão pelo presidente Joe Biden. Além de estimular a recuperação da crise provocada pela pandemia de Covid-19, o pacote injeta dólares em todo o planeta, favorecendo países emergentes, como o Brasil.

*Com informações da Reuters