Defendida por Bolsonaro, vacina brasileira ainda precisa de verba, diz Pontes

Valor necessário é de aproximadamente R$ 390 milhões

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como “um cara diferenciado”, o ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações, foi encarregado ainda em 2020 de desenvolver uma vacina brasileira contra a Covid-19. Com a ajuda de um time de cientistas reunidos na “Rede Vírus MCTI”, ele afirma em entrevista ao Estadão que 15 protocolos foram criados desde então e três modelos estariam ”a ponto de bala” para entrarem na fase clínica de testes, em voluntários humanos. O que falta para esses projetos avançarem, entretanto, é uma verba de aproximadamente R$ 390 milhões.

As três vacinas em estágio mais avançado, de acordo com Pontes, são produzidas em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com a Universidade de São Paulo (USP). Com tecnologias diferentes, elas ainda estão prestes a iniciarem os testes da fase 3 (em humanos), e a previsão do ministro é que estejam disponíveis no último trimestre deste ano, caso consiga o dinheiro necessário.

No momento, ele afirma que tenta conseguir essa verba por leis de incentivo, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) ou até pela iniciativa privada. Pontes também defende as bolsas do CNPq, agência de fomento que dá auxílios de pesquisa, diz que “briga” para não cortar o apoio à pesquisa científica no País e afirma que uma vacina brasileira é “obrigatória”. “Funciono aqui como se fosse um míssil. Você não precisa direcionar o tempo todo, mas dispara e coloca o objetivo que eu vou chegar lá.”

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*As informações são da Agência Estado.