Instituto de SP vai sequenciar genética da variante do coronavírus

Ministério da Saúde anunciou que acompanha de perto detecção de nova cepa do coronavírus, encontrada pela 1ª vez no Brasil

Foto: Pedro Ilicciev / Fiocruz

O Ministério da Saúde informou, na tarde desta quinta-feira, que o Instituto Adolfo Lutz vai fazer, em até 48 horas, um estudo de sequenciamento genético para identificar a linhagem da variante do coronavírus encontrada em dois pacientes, em São Paulo. Mais cedo, o laboratório Dasa informou ter identificado a mesma cepa da Covid (B.1.1.7) detectada no Reino Unido.

De acordo com a pasta, a Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, com o apoio da Prefeitura da capital paulista, segue monitorando os dois casos e as pessoas com quem eles tiveram contato. O órgão federal ressaltou, ainda, que acompanha os estudos de perto.

“O estudo foi iniciado em meados de dezembro, quando o Reino Unido publicou as primeiras informações científicas sobre a variante, que se caracteriza por apresentar grande número de mutações, oito delas ocorrendo na proteína da espícula viral (spike)”, informou a Dasa, por meio de nota.

A pesquisadora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, em conversa com o R7, disse acreditar que a nova variante esteja circulando há pouco tempo no Brasil. Ela foi uma das responsáveis pelo sequenciamento genético realizado pelo laboratório em parceria com a USP.

“Provavelmente, essa variante entrou recentemente no país. Podem existir outras, mas o mais provável é que tenha sido uma coisa recente. Como todo mundo está detectando em outros países. Já foi detectado em 18 países, além do Brasil. Não há nada de muito diferente do que está acontecendo no restante do mundo”, explicou.