O mapa definitivo do modelo Distanciamento Controlado, divulgado no fim da tarde de hoje, manteve, pela primeira vez, duas áreas em bandeira preta. O governo coloca as regiões de Bagé e de Pelotas, representando 28 municípios, com risco epidemiológico altíssimo, com medidas mais restritivas de circulação a partir da madrugada desta terça-feira.
O mapa da 32ª semana também classifica 18 regiões em bandeira vermelha (risco alto) – Porto Alegre, Guaíba, Cachoeira do Sul, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Ijuí, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo, Taquara e Uruguaiana – e uma em laranja (médio), que é a de Cruz Alta. Todos os pedidos de reconsideração foram negados pelo gabinete de crise.
Segundo a publicação, a cor preta significa que tanto a capacidade hospitalar como o contágio por coronavírus alcançaram níveis críticos nas regiões. Por isso, indica a necessidade de cuidados mais rígidos do que os já adotados na bandeira vermelha. O governo explica, contudo, que, mesmo que represente o nível mais alto, a bandeira preta não significa lockdown.
Cogestão volta a valer
Suspenso por duas semanas, o sistema de cogestão regional, em que os municípios podem adotar protocolos próprios, volta a valer a partir desta terça-feira. As novas regras devem ser divulgadas em decreto, a ser publicado entre a noite de hoje e a madrugada de terça.
Até agora, 18 das 21 regiões Covid adotaram protocolos próprios de cogestão de risco da Covid-19. Apenas as regiões de Bagé, Guaíba e Uruguaiana não aderiram a esse modelo. Com isso, a primeira, classificada em bandeira preta, não vai poder adotar as regras da bandeira vermelha.
Dos 28 municípios em bandeira preta (1,05 milhão de habitantes), oito não registraram óbitos ou hospitalizações nos últimos 14 dias em razão da Covid. O decreto a ser publicado também vai permitir que municípios em bandeira preta que se encaixem nessa situação – a Regra 0-0 – adotem protocolos de bandeira vermelha. Antes, a prerrogativa só era permitida a municípios em bandeira vermelha, que nesse caso puderam adotar regras da bandeira laranja.