O Foro da Comarca de Planalto, cidade localizada no Norte do Rio Grande do Sul, retoma nesta quarta-feira (9), às 9 horas, as oitivas das testemunhas no processo que apura a morte de Rafael Mateus Winques, de 11 anos. O pai da vítima, Rodrigo Winques, será o primeiro falar na sessão, comandada pela juíza Marilene Parizotto Campagna..
Ele chegou a ser ouvido, junto de outras duas pessoas, em 1º de outubro. A repetição se dá em pedido da defesa da ré, Alexandra Duogokenski, que alegou não ter tido acesso aos documentos anexados aos autos. A mulher, mãe da Rafael, confessou ter matado o próprio filho e está presa desde julho, em Guaíba.
Segundo a Justiça, as oitivas realizadas anteriormente não foram invalidadas. O processo retomado hoje se estenderá até o fim da semana. Na quinta-feira, depõem o ex-namorado de Alexandra, Delair de Souza; a professora de Rafael, Ana Maristela Stamm; o vizinho, Carlos Eduardo da Silva; e a mãe do melhor amigo da vítima, Jaqueline Luíza Mesnerovicz.
O inspetor de polícia Jackson Getúlio Consoli também será ouvido. A sexta-feira será marcada pela oitiva dos investigadores, que indiciaram a ré pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. Os delegados Eibert Neto e Ercílio Carletti prestarão depoimento, junto da perita Caroline Alegretti.
Na semana que vem, estão previstos os testemunhos de outros dois profissionais vinculados ao Instituto-Geral de Perícias (IGP), bem como de familiares de Alexandra, Rafael e Rodrigo. O irmão da vítima, que não tem a identidade revelada por ser menor de idade, falará na segunda-feira. Já Duogokenski será interrogada na sexta-feira, dia 18.
Relembre o caso
Rafael Mateus Winques desapareceu no dia 15 de maio. O corpo do menino foi encontrado dez dias depois, em uma caixa de papelão colocada no terreno da casa vizinha onde vivia com a mãe. A causa da morte indicada pela perícia foi asfixia mecânica, provocada por estrangulamento.
De acordo com o inquérito policial, Alexandra Duogokenski matou o filho por não aceitar se sentir contrariada. A denúncia contra Alexandra – que confessou à polícia a autoria do assassinato – foi recebida pela Justiça em 13 de julho. Ela responde por homicídio qualificado e outros três crimes conexos.