O setor hoteleiro do litoral Norte gaúcho aguarda, até o fim da segunda-feira, um retorno do governo do Estado em relação à mobilização contra os protocolos definidos para conter a pandemia de coronavírus. O ramo se sente prejudicado com as novas medidas anunciadas na última semana, que restringem o acesso às faixas de areia nas praias gaúchas, vetando banhos de sol e de mar. O Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares do Litoral Norte e a Associação dos Hotéis do Litoral Norte protocolaram um pedido, no gabinete do Governador Eduardo Leite, de suspensão dos decretos, solicitando uma resposta até hoje.
Conforme a presidente do sindicato e vice-presidente da associação, Ivone Ferraz, um novo documento deve ser elaborado com outros sindicatos ligados ao setor de todo o Rio Grande do Sul, a fim de sensibilizar o governo. A estimativa é de que cerca de 50% das reservas tenham sido canceladas após o decreto. “O prejuízo está muito grande. Então, a ordem é: se multar, rasga-se as multas. E desobediência. Vamos para a desobediência civil”, disse Ivone.
O governo reiterou, por meio de nota, que o decreto em vigência, que se estende até o dia 14 de dezembro, foi assinado em decorrência do elevado aumento no número de casos e de internações por coronavírus. O texto aponta que o mapa definitivo do modelo de Distanciamento Controlado coloca 20 regiões em bandeira vermelha. “As medidas ocorrem justamente para evitar uma disseminação ainda maior da doença e para, a partir disso, ser possível retomar em breve o máximo de atividades não permitidas no momento”, complementa a nota.
A previsão é de que na próxima semana as regras sejam reavaliadas e uma nova divulgação de protocolos seja feita no dia 15. Ainda segundo o texto, todos os documentos entregues serão avaliados pelo Gabinete de Crise.