Setor hoteleiro do litoral Norte pressiona por suspensão de protocolos contra Covid

Governo reitera que medidas valem até 14 de dezembro

Litoral Norte têm registro de mortes por coronavírus em todos os municípios da região | Foto: André Mello/Correio do Povo

O setor hoteleiro do litoral Norte gaúcho aguarda, até o fim da segunda-feira, um retorno do governo do Estado em relação à mobilização contra os protocolos definidos para conter a pandemia de coronavírus. O ramo se sente prejudicado com as novas medidas anunciadas na última semana, que restringem o acesso às faixas de areia nas praias gaúchas, vetando banhos de sol e de mar. O Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares do Litoral Norte e a Associação dos Hotéis do Litoral Norte protocolaram um pedido, no gabinete do Governador Eduardo Leite, de suspensão dos decretos, solicitando uma resposta até hoje.

Conforme a presidente do sindicato e vice-presidente da associação, Ivone Ferraz, um novo documento deve ser elaborado com outros sindicatos ligados ao setor de todo o Rio Grande do Sul, a fim de sensibilizar o governo. A estimativa é de que cerca de 50% das reservas tenham sido canceladas após o decreto. “O prejuízo está muito grande. Então, a ordem é: se multar, rasga-se as multas. E desobediência. Vamos para a desobediência civil”, disse Ivone.

O governo reiterou, por meio de nota, que o decreto em vigência, que se estende até o dia 14 de dezembro, foi assinado em decorrência do elevado aumento no número de casos e de internações por coronavírus. O texto aponta que o mapa definitivo do modelo de Distanciamento Controlado coloca 20 regiões em bandeira vermelha. “As medidas ocorrem justamente para evitar uma disseminação ainda maior da doença e para, a partir disso, ser possível retomar em breve o máximo de atividades não permitidas no momento”, complementa a nota.

A previsão é de que na próxima semana as regras sejam reavaliadas e uma nova divulgação de protocolos seja feita no dia 15. Ainda segundo o texto, todos os documentos entregues serão avaliados pelo Gabinete de Crise.