Declínio de Thiago Galhardo preocupa o Inter

Com esquema diferente do que jogava com Eduardo Coudet, artilheiro do Brasileirão não marca gols há quase um mês

Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional

Todo o Inter naufragou. Trocou de treinador, caiu na Copa do Brasil e não vence há seis rodadas no Campeonato Brasileiro, escancarando uma inegável crise técnica que atinge todo o grupo. Mas há um jogador que sofreu mais com o declínio geral. Trata-se de Thiago Galhardo.

O artilheiro do Brasileirão, com 15 gols, 21 marcados na temporada, não balança as redes desde 3 de novembro, quando fez o primeiro na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético Goianiense, pela Copa do Brasil. Descobrir os motivos da queda e ajudá-lo a recuperar-se são passos fundamentais para o Inter enfrentar o Boca Juniors com chances de ir às quartas de final da Libertadores.

O primeiro jogo contra os argentinos foi transferido para amanhã, no Beira-Rio, uma semana após a morte de Maradona, ídolo mundial cuja trajetória está ligada ao próximo adversário colorado. Galhardo será escalado, mas a posição segue sendo trabalhada pela comissão técnica liderada por Abel Braga.

Com o novo técnico, Galhardo tem atuado como centroavante clássico. Embora suas características o façam circular pelo setor ofensivo e buscar o jogo no meio-campo, a orientação é para que seja o principal – e único – atacante no sistema 4-2-3-1. Com Eduardo Coudet, ele tinha companhia de outro jogador no setor, podendo revezar e trocar de função para confundir os marcadores.

Abel estuda escalar Galhardo como meia, posição em que mais atuou ao longo da carreira. Nesse caso, o centroavante seria Yuri Alberto ou Abel Hernández, que está em fase final de recuperação de lesão muscular. Mas não contra o Boca Juniors. Tudo indica que o Inter começará com um time muito parecido com o que empatou com o Atlético Goianiense, sábado, pelo Brasileirão. Ou seja, com D’Alessandro como principal articulador.

Galhardo, que rechaçou propostas da Europa e renovou com o Inter até o final de 2022, chegou a ser convocado por Tite para a Seleção Brasileira depois do corte de Pedro, do Flamengo. Ele não jogou contra o Uruguai, mas realizou um sonho. “É uma felicidade muito grande, um sonho que se concretiza. Agora é seguir trabalhando no Inter para ter outras chances”, disse, na ocasião.