Pela primeira vez desde março, o Rio Grande do Sul passou a ter bandeira vermelha, de risco alto para o coronavírus, em todas as 21 regiões do Modelo de Distanciamento Controlado. Nessa quinta-feira, bateu recorde o número de pacientes hospitalizados por conta do coronavírus: 1.183. Hoje, as UTIs atingiram um pico de 781 internados em estado grave.
Com a redução do número de leitos livres, o indicador específico que mede a capacidade de atendimento recebeu, nesta semana, a classificação de risco altíssimo (bandeira preta). O cenário se repete em cinco das macrorregiões (Metropolitana, Serra, Missioneira, Centro-Oeste e Norte).
Houve uma piora em diversos indicadores ao longo da semana. O número de casos ativos para doença cresceu 13% e ultrapassou a marca de 21 mil pessoas que testaram positivo apenas nesse período.
Pela primeira vez, ao menos três regiões tiveram média ponderada que as aproximou da classificação final em bandeira preta: Bagé, Erechim e Uruguaiana.
Até as 6h de domingo, o Estado recebe os recursos de prefeituras e associações de municípios, e na tarde de segunda, divulga o mapa definitivo. As bandeiras valem a partir de terça-feira.
Hoje, é de oito o número de regiões em vermelho. Na pior semana até então, em metade de agosto, 14 regiões haviam sido classificadas dessa forma.
Indicadores
A situação piorou significativamente no último mês. De 30 de outubro a 26 de novembro, os indicadores apontaram elevação de 26% (de 830 para 1.047) no número de hospitalizações confirmadas pela doença e aumento de 30% (de 712 para 928) de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Além disso, o número de internados em leitos clínicos com coronavírus cresceu 54% (de 768 para 1.183) e o número de óbitos subiu 31%, de 211 para 276.
Cogestão
Das 21 regiões Covid, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não apresentaram protocolos próprios, geridos pelo sistema de cogestão regional.
As regiões em cogestão classificadas em bandeira vermelha podem adotar regras de bandeira laranja, e as classificadas em laranja podem adotar protocolos de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).
A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo. Além disso, para alguns setores (veja abaixo), a bandeira que vale é a divulgado pelo Gabinete de Crise, e não a da cogestão.
Regiões que apresentaram piora (13)
LARANJA > VERMELHA
Santa Maria (em cogestão)
Guaíba
Lajeado (em cogestão)
Santo Ângelo (em cogestão)
Santa Rosa (em cogestão)
Cruz Alta (em cogestão)
Bagé
Taquara (em cogestão)
Cachoeira do Sul (em cogestão)
Santa Cruz do Sul (em cogestão)
Pelotas (em cogestão)
Caxias do Sul (em cogestão)
Porto Alegre (em cogestão)
Regiões que seguem igual
BANDEIRA VERMELHA (8)
Novo Hamburgo (em cogestão)
Passo Fundo (em cogestão)
Capão da Canoa (em cogestão)
Canoas (em cogestão)
Ijuí (em cogestão)
Palmeira das Missões (em cogestão)
Erechim (em cogestão)
Uruguaiana
Veja setores regulados pela bandeira atribuída pelo Gabinete de Crise (para esses, não vale a regra da cogestão:
Só podem funcionar depois de duas semanas SEM bandeira vermelha ou preta:
Teatros, auditórios, casas de espetáculos, casas de show, circos e similares
Cinemas
Feiras e Exposições corporativas e comerciais
Seminários, congressos, convenções, simpósios e similares
Reuniões corporativas, oficinas, treinamentos e cursos corporativos
Eventos infantis em buffets, casas de festas ou similares (em ambiente aberto ou fechado)
Eventos sociais e de entretenimento em ambiente aberto, com público em pé
Clubes sociais, esportivos e similares (incluindo quadras)
Só podem funcionar depois de quatro semanas SEM bandeira vermelha ou preta:
Eventos sociais e de entretenimento em buffets, casas de festas, casas de shows, casas noturnas, bares e pubs ou similares (em ambiente fechado, com público em pé)