Justiça determina cassação da candidatura de prefeito eleito em Bento Gonçalves

Diogo Siqueira é acusado de usar os canais oficiais da administração municipal para angariar votos

Foto: Redes Sociais de Diogo Siqueira/Reprodução

O prefeito eleito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira (PSDB), teve a sua candidatura cassada pela Justiça Eleitoral. A decisão, publicada na quarta-feira (25), também torna inelegível o vice Amarildo Locatelli (PP). Para a juíza Romani Bortolas Dalcin, a coligação usou os canais oficiais da administração municipal para angariar votos.

A denúncia foi apresentada ainda antes do pleito pela coligação Bento Unido e Forte, do candidato Alcindo Gabrielli (MDB), que ficou em terceiro lugar na preferência do eleitorado. Ele alega que a atual gestão, de Guilherme Pasin (PP), manteve a publicação de informativos sobre obras da prefeitura em meio ao período eleitoral – o que é proibido.

O processo também menciona uma carta, supostamente enviada por Pasin a alguns moradores da cidade, declarando apoio à chapa de Siqueira e Locatelli. Constam na ação, ainda, algumas publicações nas redes sociais nas quais os candidatos prometem dar “continuidade ao trabalho sério e feito para as pessoas” em Bento Gonçalves.

Diogo Segabinazzi Siqueira foi secretário de Saúde de Bento Gonçalves durante o governo de Guilherme Pasin – que deve ser investigado pelo crime de improbidade administrativa. A decisão, que teve como base um relatório do Ministério Público Eleitoral, é passível de recursos no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS).

Contraponto

Em nota, a coligação Gente que faz Bento (PSDB-PP-Republicanos) afirmou que irá recorrer da cassação de Diogo Siqueira e Amarildo Locatelli. Para os partidos, “o pleito do último dia 15 demonstrou, de forma democrática, a escolha da população de Bento Gonçalves”. O comunicado classifica a campanha como “limpa, ética e propositiva”.