Anvisa nega atraso e alega discrepâncias em pedido do Butantan de insumos para vacina

Órgão regulador informou ainda que o processo está pautado para 4 de novembro

Foto: Ricardo Giusti/CP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, nesta sexta-feira, que já analisou o pedido de importação pelo Instituto Butantan de insumos da vacina chinesa contra Covid-19, e que identificou “discrepâncias”, informadas ao centro de pesquisas paulista. O órgão federal destacou, ainda, que não houve qualquer tipo de atraso na verificação.

O Butantan havia reclamado na véspera, em comunicado, de um suposto atraso de mais de um mês da Anvisa em analisar pedido de importação de insumos da vacina chinesa. Nesta sexta, a Anvisa disse que “o referido processo já havia sido analisado, quando da publicação da notícia”.

A Anvisa acrescentou que o instituto paulista encaminhou, no mesmo processo de insumos, um pedido de autorização excepcional para importação de vacina na forma de seringa preenchida e na forma de um produto intermediário. Segundo a agência, são produtos em condições sanitárias diferentes.

“Para não haver perda de tempo, o processo foi desmembrado e as vacinas envasadas terão sua análise feita no prazo máximo de até cinco dias úteis, separada da análise do pedido de insumos”, afirmou a agência.

O órgão regulador informou ainda que o processo está pautado para 4 de novembro. Na véspera, o Butantan disse que aguarda desde 18 de setembro parecer da Anvisa ao pedido de importação de matéria-prima.

A vacina chinesa virou tema de disputa acirrada entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, desafeto político dele, uma vez que o Butantan é ligado ao governo paulista.

Apesar da disputa, o Butantan disse esperar que a agência “reavalie prazos e contribua para resguardar a saúde pública e a proteção” da população brasileira.