O número de desempregados no Brasil atingiu 12,9 milhões em agosto, de acordo com a Pnad Covid19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad Covid19), divulgada nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número é 27,6% maior do que o registrado no início da pesquisa, em maio, quando havia 10,1 milhões de desempregados.
Em julho, para efeito de comparação, 12,3 milhões estavam sem trabalho. Portanto, houve um incremento de 600 mil pessoas no mercado e que estão sem emprego.
A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,2%, maior que a dos homens, cuja taxa ficou em 11,7%.
Também há desequilíbrio entre os desempregados por raça. O desemprego foi maior para pretos ou pardos (15,4%) do que para brancos (11,5%).
Quanto à idade dos desempregados, 23,3% dos jovens de 14 a 29 anos estão sem trabalho. Por fim, por nível de escolaridade, apenas 6,8% daqueles que terminaram a faculdade ou a pós-graduação estão desempregados.
A pesquisa mostra que 6,7 milhões de pessoas estavam afastadas do trabalho pelas medidas de isolamento social impostas por causa da pandemia.
O Acre foi a unidade da federação com maior proporção de pessoas nesta situação (12,4%). Com exceção do Acre, Amapá e Rondônia, todas as unidades da federação registraram quedas no percentual de pessoas ocupadas afastadas do trabalho pelo distanciamento.
Entre os 6,7 milhões de ocupados que estavam afastados do trabalho, cerca de 1,6 milhão de pessoas (23,7%) estavam sem a remuneração.
Segundo o IBGE, “um reflexo do avanço no processo de retomada gradual das atividades foi o segundo aumento consecutivo, tanto no âmbito nacional quanto em todas as Grandes Regiões, do número de horas efetivamente trabalhadas. O número médio de horas habituais foi de 40,1 horas por semana e as que de fato foram trabalhadas na semana de referência foi, em média, de 34,1 horas”.