Trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul decidiram, na tarde desta terça-feira, retornar às atividades a partir das 22h, depois de 35 dias de paralisação. Em assembleia, os funcionários da estatal acataram a determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que garantiu reajuste salarial de 2,6% e impôs aos sindicatos multa de R$ 100 mil em caso de manutenção da greve.
Em nota, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) disse que a decisão, apesar de incluir um aumento de salário, não contempla a categoria. “No entanto, sabemos que muitas lutas virão pela frente como a batalha contra a privatização dos Correios, que já está na ordem do dia”, cita a entidade, em comunicado.
A Fentect informou, ainda, que vai recorrer da decisão do TST, já que a proposta retira cerca de 50 cláusulas de benefícios previstas no Acordo Coletivo de Trabalho. Dentre as reivindicações da categoria, a discussão sobre o adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte e auxílio-creche.
Os ministros da Seção de Dissídios Coletivos do TST determinaram, por maioria, que seja descontada do salário dos funcionários metade dos dias de greve, sendo que a outra metade deve ser compensada.