Seis meses após o primeiro caso de infecção por coronavírus em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan Jr. falou, em coletiva de imprensa online, sobre as medidas de combate à doença, na tarde desta sexta-feira. Em relação às medidas de restrição, que proibiram o funcionamento de inúmeros setores, o prefeito da capital declarou que as decisões foram sempre tomadas com base em dados reais da cidade e nas vivências e experiências de outros países. Nesse período, a cidade teve 830 mortes e cerca de 28 mil casos de Covid-19.
“A gente pode dizer que era o momento adequado para fazer a restrição de circulação, para evitar que nós estivéssemos despreparados”, disse o prefeito. Ainda segundo ele, a prefeitura trabalha para aprimorar a segurança e retomar o mais rápido possível a normalidade das atividades. Para Marchezan, se as pessoas mantiverem os protocolos individuais e coletivos estabelecidos nos decretos, é possível continuar evoluindo nas flexibilizações.
O secretário de Saúde Pablo Stürmer, que participou da transmissão, informou que a Prefeitura adquiriu mais de 1 milhão de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de ter realizado pelo menos 112 mil testes do novo coronavírus. Ele ainda destacou a organização das estruturas de saúde, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), além das tendas de atendimento exclusivo de pacientes com suspeita da Covid-19.
“Temos em torno de 40% de todos os leitos da cidade ocupados por pessoas confirmadas ou com suspeitas da Covid-19”, afirmou Marchezan. Na tarde desta sexta-feira, eram 312 pacientes confirmados e 33 com suspeita, representando 47% dos 735 pacientes internados em UTIs de Porto Alegre. Ele ainda ressaltou o aumento do horário de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, reforçando que oito delas atendem até 22h e outras 43 fazem atendimentos 12h por dia.
Retorno das aulas presenciais
A partir de segunda-feira, a prefeitura passa a debater protocolos para a retomada do ensino presencial. Através de um cronograma, os encontros acontecerão com representantes de creches privadas, conveniadas, dos ensinos Médio e Fundamental, universidades e setores do ensino profissionalizante. “Acreditamos que continuaremos evoluindo por termos essa estabilidade em torno de 45 dias e já começamos a analisar alguns setores que não tiveram ainda a possibilidade de voltar”, comentou.