Canoas: Seapen descarta que suspeitos de esquartejar preso tenham envolvimento com facções

Crime ocorreu na madrugada dessa terça

Foto: Álvaro Grohmann / Especial / CP

A Secretaria da Administração Penitenciária informou em nota, nesta quarta-feira, que foram adotadas medidas legais em relação ao assassinato de um apenado, na madrugada de terça, em uma cela do Complexo Penitenciário de Canoas. O detento, de 25 anos, morreu esfaqueado e teve o corpo esquartejado dentro da Pecan 3. Segundo a Seapen, os suspeitos já foram identificados pela Polícia Civil e não são vinculados a nenhuma organização criminosa.

O secretário Cesar Faccioli lamentou que “denúncias anônimas e desacompanhadas de qualquer indício confirmatório tenham vindo a público, supostamente por parte de servidores, e não tenham sido encaminhadas à Susepe e à Seapen”. A nota reitera que o complexo é referência no trabalho prisional, que conta hoje com 198 presos trabalhando.

Nessa madrugada, circulou em redes sociais, como o WhatsAapp, uma mensagem sem autor citando supostos detalhes do ocorrido.

Sobre o caso

A Susepe informou que outro apenado, que cumpre pena na mesma cela, cometeu o crime. O delegado Robertho Peternelli, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, no entanto, não descarta a possibilidade de que a morte tenha sido encomendada. “Não fechamos nenhuma porta…”, afirmou.

Peternelli explicou ainda que o trabalho investigativo vai incluir o depoimento dos outros cinco detentos da cela para “tentar chegar a uma motivação para que esse crime tenha acontecido”. Ele aguarda também os laudos do Instituto-Geral de Perícias e pretende formalizar a confissão do autor do crime, além de levantar informações sobre a vida da vítima, como ameaças, relacionamentos e dívidas, por exemplo.