Porto Alegre estuda novas medidas para frear movimentações nas ruas

Secretário do Desenvolvimento Econômico da Capital, Leonardo Hoff fez avaliação da fiscalização na cidade

Foto: Mauro Schaefer / CP

O secretário do Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre, Leonardo Hoff, fez um balanço da supervisão ao cumprimento das medidas restritivas e afirmou que as autoridades avaliam a situação da Capital para avaliar novas medidas. Não há, contudo, previsão de uma data para as regras mudarem. “Estamos analisando números diariamente para que a gente possa obter melhores resultados, seja na diminuição da circulação de pessoas ou seja à médio e longo prazo termos uma previsibilidade do retorno das atividade econômicas. Outras medidas estão sendo estudadas e a medida e que foram validades poderemos comunicar de forma mais efetiva”, afirmou em entrevista à Rádio Guaíba.

Desde o inicio da pandemia, foram mais de 22 mil ações em conjunto com o Escritório de Fiscalização – órgão criada durante a crise sanitária pela prefeitura para coibir ações irregulares –, das quais 320 culminaram em interdições. Conforme Hoff, a situação mais preocupante é no centro de Porto Alegre.

“Temos um problema que são os ambulantes e eles estão em grande número no centro da Capital. Uma parte muito por conta da crise econômica. São pessoas que precisam levar renda para casa e acabam entrando na ilegalidade de compra e vender produtos sem nota fiscal e sem procedências. Compreendemos, mas vamos continuar agindo para evitar esse tipo de comércio”, comentou.

Além disso, o secretário afirmou que parte de comerciantes criou uma estratégia para burlar as fiscalização. “Estavam trabalhando com a loja aberta a meia porta e colocaram olheiros ou pessoas contratadas que acabavam acompanhando a movimentação da fiscalização”, explicou. “Quando os fiscais chegavam, estavam fechados”, completou, alertando que, dentro de uma organização estratégica, as autoridades detectaram o esquema e colocar viaturas discretas.

Por fim, ele comentou que é preciso elogiar a grande maioria da população “que compreende, mesmo que discordando de formas e métodos, que precisa ficar com as suas portas fechadas e respeitar o distanciamento social”. “Reforçamos o apelo para que aqueles que estão abrindo seus comércios tenham a percepção de que podem estar colaborando para a disseminação do vírus em uma velocidade grande”, pontuou.