Os casos de infecção pelo novo coronavírus em todo o mundo passaram dos 17,2 milhões nesta quinta-feira, mostrando a aceleração da propagação da Covid-19. O número era de 16 milhões há apenas três dias, conforme a universidade americana Johns Hopkins.
Os EUA, país mais atingido pela doença no mundo, registra mais de 4,49 milhões de contaminações pelo coronavírus, mais de 26% do total. Apenas nas últimas 24 horas, foram cerca de 70 mil confirmadas no país, que também responde por 152 mil das mais de 671 mil mortes por Covid-19 registradas em todo o planeta.
Além dos EUA, o Brasil e a Índia, são os países com os maiores números de casos novos e pessoas infectadas – 2,61 milhões e 1,58 milhões, respectivamente.
OMS: América Latina ainda precisa trabalhar muito
O diretor-executivo para Emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mike Ryan, garantiu nesta quinta-feira que os países latino-americanos ainda terão um “longo caminho” no combate ao novo coronavírus.
“Da nossa perspectiva, a América Latina é o epicentro da pandemia e ainda precisa de muito trabalho para eliminar a transmissão e reduzir a exposição das comunidades”, afirmou o responsável pela estratégia global da agência, em entrevista coletiva.
A região, junto com o Caribe, já contabiliza mais casos do que qualquer outra do planeta – inclusive, Estados Unidos e Canadá somados – com 4,46 milhões de casos de infecção, dos 8,84 milhões das Américas como um todo.
Ryan destacou, além disso, que a situação é mista na América Latina, com alguns países muito afetados e outros menos, embora, de maneira geral, os casos e óbitos sigam aumentando, como citou Ryan, no Brasil.
No dia em que foram completados seis meses da declaração da OMS de que a propagação do novo coronavírus era uma emergência sanitária, Ryan lembrou que os alguns países conseguiram reagir rápido, mas que outros demoraram, embora tenham conseguido dar a volta por cima, como Espanha, Itália e Coreia do Sul.
