Covid-19: Mapa de distanciamento controlado do RS ganha nova região; veja cidades

Medida entra em vigor na próxima semana. Durante live, governador também indicou desaceleração pela busca de leitos de UTI em meio à pandemia. Piratini também recebeu propostas para retomada do ano letivo

Foto: Felipe Dalla Valle/ Palácio Piratini

O mapa de Distanciamento Controlado, adotado pelo governo gaúcho para conter o avanço do novo coronavírus, vai incluir mais uma macrorregião. Desde que entrou em vigor, em 10 de maio, a plataforma dividiu o mapa do Rio Grande do Sul em 20 territórios que passaram a ser classificados com bandeiras específicas, indicando grau de contágio e risco da doença.

A partir da próxima semana, o governo vai acrescentar a 21ª área, englobando 19 prefeituras situadas nas regiões Carboníferas e da Costa Doce. O pedido, que desmembra em duas uma microrregião também composta pela capital, Porto Alegre, partiu dos gestores dessas cidades, a fim de manejar melhorar as ações de enfrentamento à pandemia.

Veja a lista de municípios que farão parte da nova macrorregião:

Arambaré
Arroio do Ratos
Barão do Triunfo
Barra do Ribeiro
Butiá
Camaquã
Cerro Grande do Sul
Charqueadas
Chuvisca
Dom Feliciano
Eldorado do Sul
General Câmara
Guaíba
Mariana Pimentel
Minas do Leão
São Jerônimo
Sentinela do Sul
Sertão Santana
Tapes

Estabilização da demanda em UTIs

Durante uma live á imprensa no início da tarde, o governador Eduardo Leite também atualizou o panorama da rede básica de saúde. O Rio Grande do Sul já registrou mais de 1,8 mil mortes e mais de 64 mil infectados pela doença. “O estado viu acontecer um crescimento grande ao longo dos meses de junho e julho, mas que foi desacelerando. De uma semana para cá, houve uma estabilização na demanda por UTIs, mas ainda é cedo para termos a confirmação de uma estabilização duradoura”, ponderou.

Retorno do ensino presencial

Cauteloso, Eduardo Leite também informou que a consulta realizada junto a entidades de ensino indicou um “norte” para a retomada das aulas presenciais no Rio Grande do Sul. As recomendações serão analisadas internamente pela equipe técnica do Piratini. Na prática, não há prazo para dar fim às aulas online, que se iniciaram em junho. Ao todo, foram recebidas 759 sugestões vindas de 441 cidades para propor o melhor cenário de reinício da atividade presencial.

A consulta apresentou quatro cenários e o mais votado deles, com 89,5%, sugere o retorno em cinco etapas, priorizando os ensinos Médio e Técnico. Em seguida, os anos finais do Fundamental (do 6° ao 9° ano), os iniciais do Fundamental (do 1° ao 5° ano), o Superior e, por último, a Educação Infantil (creche e pré-escola).

Mas, quando a pesquisa propôs às instituições a montagem de um cronograma ideal, o retorno do Ensino Superior aparece como o favorito para voltar primeiro, seguido dos ensinos Médio e Técnico, do Fundamental (anos finais e após anos iniciais) e, por último, a Educação Infantil.

Além disso, de forma majoritária, as instituições defendem o retorno das aulas apenas em turno único, mesmo nas situações de estudantes da Educação Infantil e do Ensino Médio que frequentem as escolas no modelo de turno integral. “Não é fácil, pois o ensino remoto não substitui o ensino presencial. Foram opiniões muito relevantes, mas a nossa decisão ainda vai passar por debates internos”, afirmou.