Pazuello garante que brasileiros terão vacina assim que estiver disponível

Ministro interino da Saúde afirmou que país está na 'vanguarda do que há de melhor' na corrida mundial por um imunizante eficaz contra a Covid-19

Foto: Erasmo Salomão / MS / CP

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que “os brasileiros terão, com certeza, a vacina [contra a Covid-19] assim que ela estiver disponível no mundo”. O chefe da pasta participou de coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, em Brasília.

“Nós estamos na vanguarda no que há de melhor no mundo. Os brasileiros terão, com certeza, a vacina assim que ela estiver disponível no mundo. Nós temos três grandes linhas”, disse o ministro interino.

Pazuello ressaltou o acordo para produzir no Brasil a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca. O potencial imunizante, que está na terceira fase de testes clínicos, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o “mais avançado” até o momento.

O acordo prevê duas etapas, a primeira delas uma “encomenda”, na qual o Brasil assume também os riscos da pesquisa. Ou seja, paga pela tecnologia mesmo que os ensaios clínicos finais não cheguem ao resultado esperado. Em uma segunda fase, caso se mostre eficaz e segura, a vacina passa a ser produzida.

Nessa fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões. Os dois lotes a serem disponibilizados à Fiocruz, de 15,2 milhões de doses cada, deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

O chefe da pasta citou, ainda, outros duas vacinas em desenvolvimento. Segundo Pazuello, embora o país não tenha condições de fabricar o imunizante da fabricante Moderna, dos Estados Unidos, o governo federal trabalha para ter “prioridade” na aquisição.

Além disso, ele também destacou a vacina chinesa. Os imunizantes, que foram desenvolvidos pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, entraram na 3ª fase de testes clínicos — considerada a reta final dos ensaios em humanos -, inclusive em Porto Alegre.

Segundo o Instituto Butantan, em São Paulo, caso os testes comprovem a eficácia do imunizante, 60 milhões de doses iniciais estarão disponíveis para o Brasil até o fim deste ano e serão distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até junho de 2021.