Proprietários de estabelecimentos no Mercado Público reagiram à ordem da Prefeitura de Porto Alegre, que anunciou a suspensão das atividades do espaço. A medida tem como objetivo conter a disseminação da Covid-19 na cidade. O ponto ficará fechado por 15 dias a partir de segunda-feira (06). A Associação do Comércio do Mercado Público Central se posicionou contra o fechamento, dizendo que não há um critério claro por parte da Prefeitura para tal decisão.
A presidente da Associação citou a preocupação dos permissionários com o armazenamento de alimentos perecíveis, como carnes, laticínios e vegetais. Adriana Kauer classificou o posicionamento da entidade como um “apelo” ao governo municipal. “O Mercado é o primeiro grande centro de abastecimento da cidade. Ele vem, inclusive, muito antes de qualquer outro supermercado”, pontuou. “Este apelo está dentro [da situação] de que nós temos muitos perecíveis dentro do Mercado. Fomos pegos de surpresa”, completou Kauer.
Prevenção no Mercado Público
A Associação que representa os comerciantes do Mercado Público se diz consciente dos riscos de disseminação da Covid-19. Adriana Kauer reforça que as lojas controlam o acesso de consumidores e que os lojistas medem a temperatura dos funcionários. A presidente da entidade demonstrou disposição para adotar mais medidas de segurança, a fim de evitar o fechamento total do espaço. “Nós estamos abertos para isso sim. Hoje, por exemplo, os restaurantes já estão trabalhando com take-away e delivery, não existe um atendimento direto ao público”, sustentou. “Como sugestão, que feche mais um portão e faça um controle de pessoas. Aquela coisa, só entram dez se saírem dez”, propôs Kauer ao comparar o modelo adotado pro supermercados.
Os lojistas esclarecem que o local passou por uma desinfecção preventiva. O Mercado Público abriga hoje 106 estabelecimentos, sendo que sete já estavam fechados por decreto. Em outubro de 2019, o ponto completou 150 anos de história.