Desde março, quando os primeiros casos da Covid-19 começaram a ser registrados em Porto Alegre, a Prefeitura abriu 152 leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) somente para pacientes com o novo coronavírus. Para aumentar a capacidade instalada dos 89 leitos exclusivos para Covid-19 no SUS, a rede passa a contar com o acréscimo de 63 leitos para utilização ainda em junho: 20 no Hospital de Clínicas, 15 no Grupo Hospitalar Conceição, e 28 anunciados pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior na terça-feira, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia.
O plano de expansão de leitos, conforme a Prefeitura, busca garantir o atendimento em saúde aos porto-alegrenses frente ao rápido crescimento de internações nas UTIs, que motivaram maior restrição à circulação de pessoas. Marchezan enfatizou que a gestão municipal está atenta e vem adotando as medidas necessárias para frear a velocidade de ocupação das UTIs.
“Precisamos ter agilidade na tomada de decisões, junto com os nossos técnicos da área da Saúde, no sentido de aumentar a estrutura de atendimento aos casos da Covid-19. Poderíamos estar com uma taxa de ocupação hospitalar bem mais agravada a essa altura, caso esse reforço de vagas não tivesse ocorrido”, afirmou Marchezan. Além dos leitos de UTI, também foram abertos 126 novos leitos de enfermaria desde março.
O Hospital Vila Nova ampliou a estrutura em 66 leitos e o Hospital Independência, em 60. Antes da pandemia, a prefeitura abriu 353 leitos hospitalares, revertendo o cenário de redução do governo passado, quando foram fechados 269 leitos de 2014 a 2016.
Para o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, o momento é complexo, mas a administração pública trabalha “diariamente e exaustivamente” para assegurar equilíbrio à rede hospitalar. “Mas é importante que a população mantenha a calma e cumpra as orientações, pois seguimos avançando na expansão de leitos”, ressaltou.
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