A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado, um mandado de prisão temporária e um de busca e apreensão em Rio Pardo, no âmbito da Operação Camilo. A investigação apura crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência. O prejuízo estimado que está sob suspeita, até o momento, é de R$ 15 milhões em recursos da saúde repassados pela União e pelo estado do Rio Grande do Sul a uma Organização Social.
A Operação Camilo foi deflagrada no dia 27 de maio por Força-Tarefa formada pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público do Rio Grande do Sul. A análise do material apreendido pela Força-Tarefa no cumprimento dos mandados de busca no dia da deflagração da Operação Camilo e diligências realizadas identificaram uma mulher que atuava pela organização criminosa no transporte dos valores recebidos ilegalmente por servidores públicos.
Na primeira ofensiva da operação foram cumpridas 129 medidas judiciais em Porto Alegre, Rio Pardo, Butiá, Canoas, Capela de Santana, Gravataí, Cachoeirinha, São Leopoldo, Guaíba, Portão, Cacequi e São Gabriel, além de São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC) e São José (SC). Houve ainda o bloqueio de R$ 3,5 milhões em contas bancárias dos investigados pela Justiça, além da apreensão de documentos, 31 veículos, computadores, notebooks, celulares, mídias, cerca de R$ 400 mil em dinheiro e uma pistola e munição, entre outros.