Alexandre de Moraes prorroga prisão de Sara Winter por mais cinco dias

Decisão atendeu a pedido da PGR e vale para seis pessoas investigadas por organização de atos que pedem fim do Congresso e do STF 

Foto: Instagram / Reprodução / CP

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira prorrogar por mais cinco dias a prisão da ativista de extrema-direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, líder do grupo “300 pelo Brasil”, detida desde segunda-feira.

A decisão atendeu a pedido do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, para a prorrogação das prisões temporárias de Sara e de outras cinco pessoas investigadas no inquérito que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, que pedem intervenção militar e o fim do Congresso e do STF.

Moraes, que mandou prender Sara no início da semana, é relator de um inquérito que investiga a organização e o financiamento dessas manifestações. Ao fazer o pedido, o vice-procurador-geral defendeu ser imprescindível que ela siga presa na atual fase do inquérito policial.

O movimento 300 do Brasil mantinha acampamento na Esplanada dos Ministérios em Brasília e organizou alguns atos em que participantes defenderam medidas antidemocráticas nos últimos fins de semana.

Na decisão que prorrogou as prisões, o ministro também deferiu o pedido da PGR para que seja garantido aos requeridos o encarceramento em celas atualmente reservadas à proteção de presos que sofrem risco de represália ou, se isso não for possível no complexo penal, que os presos fiquem na carceragem da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Distrito Federal.

Habeas corpus
Nessa quinta-feira, a ministra Cármen Lúcia já havia rejeitado o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Sara. Na quarta-feira, o Ministério Público Federal denunciou a ativista por injúria e ameaça contra Alexandre de Moraes.

Há algumas semanas, ela atacou o ministro pelas redes sociais depois de ter sido alvo de mandado de busca e apreensão no inquérito das fake news. Como punição, o MPF sugere pagamento de “no mínimo” R$ 10 mil por dano moral.