A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa da ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, líder do grupo “300 pelo Brasil”. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Por decisão do também ministro do STF Alexandre de Moraes, relator de um inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, a ativista permanece detida, desde o início da semana. Nesta quarta, o Ministério Público Federal denunciou Sara Giromini por injúria e ameaça contra Alexandre de Moraes.
Há algumas semanas, Sara atacou o ministro pelas redes sociais depois de ter sido alvo de mandado de busca e apreensão no inquérito das fake news. Como punição, o MPF sugere pagamento de “no mínimo” R$ 10 mil por dano moral.
“Eles não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário, eu sou uma pessoa extremamente resiliente. Pois agora, meu… e não é que ele mora em São Paulo? Porque se estivesse aqui eu já estaria na porta da casa dele convidando ele para ‘trocar soco’ comigo. Juro por Deus, essa é a minha vontade. Eu queria trocar soco com esse ‘fdp*’ desse ‘arrombado’! Infelizmente não posso, mas eu queria. Ele mora lá em São Paulo, né? Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor!”, esbravejou a ativista em um vídeo.
A acusação é assinada pelo procurador da República Frederick Lustosa.
Explicações
Em depoimento que durou pouco mais de uma hora, Sara negou que os integrantes do 300 pelo Brasil defendam uma intervenção militar no País e disse que não participou do ataque ao Supremo com fogos de artifício, no sábado passado.
Ela também disse que atos que foram comparados a Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos, tiveram inspiração em uma “passagem bíblica”.
Aos investigadores, Sara confirmou ser apoiadora de Bolsonaro, mas disse que não recebe ajuda financeira do governo.
Leia mais:
Justiça determina arquivamento parcial de denúncia contra Sara Winter