Suspeito de matar menina Madeleine nega envolvimento no crime

Christian Brückner, de 43 anos, comentou as acusações por meio de um comunicado divulgado pelo advogados de defesa

Foto: Reprodução

O suspeito de sequestrar e matar a menina britânica Madeleine McCann, de três anos, em 2007, no litoral português, negou envolvimento no crime e disse não ter conexão com o crime. Preso em uma solitária, na Alemanha, Christian Brückner, de 43 anos, comentou as acusações por meio de um comunicado divulgado pelo advogados de defesa.

As autoridades alemãs, responsáveis pela investigação do caso, afirmaram ter “evidências concretas” de que a menina está morta e que Brückner é o culpado, mas não vão divulgar detalhes para não arruinar o caso e o julgamento.

Segundo o procurador alemão Hans Christian Wolter, Brückner escreveu uma carta para os pais de Madeleine informando que a menina havia morrido. O casal disse que nunca recebeu a mensagem.

Apesar de negar o envolvimento no caso, autoridades encontraram roupas de banho de crianças e mais de 8 mil imagens de abuso infantil na casa do suspeito, em 2016, depois que outras crianças desapareceram.

Um amigo do acusado disse na televisão alemã que Brückner havia pensado em usar a casa móvel em que vivia para transportar crianças e drogas. “Ele me disse, ‘eu posso transportar crianças nesse espaço. Drogas e crianças, você pode transportá-los nessa van, é um espaço seguro, ninguém vai encontrá-los. Ninguém vai te pegar’”, contou o amigo.

Relembre

Madeleine McCann desapareceu, dias após o aniversário de três anos, durante uma temporada de férias. Os pais deixaram a menina em um quarto onde haviam se hospedado e saíram para jantar com amigos, na Praia da Luz, no sul de Portugal. Ao retornarem, não a encontraram mais. Gerry e Kate McCann foram presos e, posteriormente, libertados, durante uma complexa investigação que terminou com a demissão do inspetor-chefe português encarregado do caso.

Depois de encerrar as investigações, em 2008, a polícia portuguesa reabriu o caso, em 2013, sem sucesso.

Investigadores alemães descobriram que o suspeito morou no Algarve entre 1995 e 2007, onde, além de trabalhar, cometia vários crimes, como roubos a hotéis e apartamentos da região.