Os prefeitos de Caxias do Sul e Uruguaiana lamentaram o fato de as cidades, ambas referências em saúde para os municípios da Serra e da fronteira Oeste, terem permanecido com a bandeira vermelha no mapa do distanciamento controlado, elaborado pelo governo estadual para monitorar o coronavírus no Rio Grande do Sul.
Na tarde de hoje, o governador Eduardo Leite revisou os indicadores apresentados pelos prefeitos de quatro macrorregiões e reverteu restrições para as cidades do entorno de Santa Maria e Santo Ângelo, alternando a bandeira para laranja.
Para Caxias, a expectativa era grande em torno das justificativas apresentadas para manter a flexibilização. Porém, o sentimento é de frustração, conforme o prefeito Flávio Cassina (PTB). “Nós tínhamos adotado uma série de critérios e várias medidas para ampliar o sistema de saúde. Nós contávamos com uma reconsideração do governador, uma revisão das bandeiras. Estávamos, na semana passada e nesta semana, esperando a bandeira amarela, mas piorou e ela foi para vermelha”, ressaltou. Mesmo com a negativa, Cassina afirmou que a determinação do Palácio Piratini vai ser cumprida em Caxias do Sul. A cidade é referência para 48 municípios, conforme recorte feito pelo Palácio Piratini.
Além da cidade serrana, a macrorregião de Uruguaiana também segue no vermelho. Ao manter inalterado o quadro no município, o prefeito Ronnie Mello (PP), criticou. “Agora, com a transposição de Santa Maria para bandeira laranja, a região da fronteira Oeste, principalmente Uruguaiana, aumenta ainda mais o sentimento de injustiça”, advertiu. O sistema de saúde em Uruguaiana ampara 11 municípios da região no mapa estadual.
No sábado, Leite informou que a fronteira Oeste piorou em indicadores relativos a internação médica, o que obriga o fechamento de parte do comércio, deixando apenas serviços essenciais abertos à população. Ontem, Ronnie Mello disse que a intenção inicial era manter a adoção de restrições da bandeira laranja, descumprindo a nova decisão.