O número de internados com teste confirmado para o coronavírus voltou hoje a bater recorde em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) em Porto Alegre. No início da tarde, eram 79 leitos ocupados por pacientes com a doença e outros 37 por pessoas com suspeita de Covid-19, aguardando confirmação. Porto Alegre já registra 55 mortes em razão do coronavírus e 2.122 casos da doença.
Ontem, havia 76 pessoas com quadro confirmado de coronavírus em leitos de UTI na capital. Antes, o maior número havia sido de 69, em um mesmo dia. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é o que registra hoje o maior volume de pacientes – 32 pacientes com a doença. O Hospital Nossa Senhora da Conceição contabiliza 19 e o Complexo Hospitalar Santa Casa, oito.
Esse crescimento de demanda por leitos levou o prefeito Nelson Marchezan Jr. a voltar a restringir atividades. Nesta segunda, o Diário Oficial de Porto Alegre publica o decreto que fixa o horário de funcionamento de bares e restaurantes até as 23h.
Também fica vedado, a partir de amanhã, o funcionamento dos shopping centers e centros comerciais da cidade. Nesses locais, porém, poderão seguir funcionando farmácias, estabelecimentos de comércio e serviços na área da saúde, mercados, restaurantes e lojas de pequeno porte.
O decreto ainda restringe o funcionamento presencial a comércios e atividades cujo faturamento seja igual ou superior a R$ 400 mil/mês. Segundo o texto, o impedimento de funcionar “não se aplica aos autônomos, microempreendedores individuais e microempresas e empresas de pequeno porte”. Serviços considerados essenciais, serviços de tecnologia (chips, consertos de computadores e assistências) e aqueles ligados a assistência de automóveis também ficarão isentos de cumprir a regra.
Manifestação
Na tarde de hoje, um grupo de cerca de 50 empresários pediu, em manifestação em frente à Prefeitura, a retomada do comércio em Porto Alegre. Com faixas contra as medidas de distanciamento social incentivadas por autoridades de saúde do mundo todo, os manifestantes se concentraram caminharam até a Avenida Júlio de Castilhos. O protesto durou cerca de uma hora.
