Redução do auxílio emergencial precisa passar pelo Congresso, lembra Maia

Presidente da Câmara disse que parlamento está aberto para dialogar sobre reduções de salários em todos os Poderes para bancar as próximas parcelas de R$ 600

Foto: Najara Araujo / Câmara dos Deputados / Divulgação

Apesar de o governo dar como certa a prorrogação do auxílio emergencial, por um valor menor que os atuais R$ 600,00, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira que uma redução no benefício precisa passar pelo Congresso. De acordo com ele, o Congresso autorizou o governo a renovar a renda emergencial pelo mesmo valor, e a lei não permite reduzir essa quantia. Para isso, segundo Maia, uma outra proposta precisa ser encaminhada e votada com urgência pela Câmara e pelo Senado.

Em reunião ministerial realizada nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro anunciou mais dois pagamentos no valor de R$ 300. “Se tivermos um programa para diminuir salários de parlamentares, tudo bem, eu pago até R$ 1 mil por mês, não tem problema nenhum”, disse o presidente.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, em relação às declarações, o presidente da Casa disse que o parlamento está aberto para dialogar sobre reduções de salários para bancar as próximas parcelas do auxílio no valor de R$ 600.

“Se todos os Poderes topassem cortar um valor que seja por seis meses, 10%, ou um porcentual maior por menos tempo, para garantir os R$ 600, eu tenho certeza que o parlamento vai participar e vai defender. Não tem nenhum problema”, afirmou Maia.

Ele, contudo, ressaltou que o salário dos parlamentares não vai ser suficiente para cobrir a despesa. “O salário dos parlamentares em relação aos custos tem uma diferença um pouco grande. Vai ficar distante para cobrir, mas se todos os três Poderes estiverem de acordo para cortar salários por alguns meses, para garantir os R$ 600, o Parlamento está disposto a sentar na mesa e conversar”, argumentou.