Juiz manda Eduardo e Carlos Bolsonaro excluírem mensagens associando Jean Wyllys a Adelio Bispo

Inquéritos concluíram que esfaqueador agiu sozinho em crime sem mandantes

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O juiz Diogo Barros Boechat, do 5º Juizado Especial Civil do Rio de Janeiro , mandou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) excluírem publicações que associaram o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSol) ao esfaqueador do presidente Jair Bolsonaro, Adélio Bispo.

As mensagens republicaram acusações feitas pelo ativista Luciano Carvalho de Sá, conhecido como Luciano Mergulhador, ao blogueiro Oswaldo Eustáquio, em abril deste ano. Ele disse que o ex-deputado do PSol havia sido mencionado por Adélio em uma conversa durante a greve dos caminhoneiros, em 2017, quando posou para uma foto com o esfaqueador em Florianópolis. Procurado pela PF, Mergulhador não manteve a versão.

Na verdade, o ativista indicou que não teve nenhum tipo de conversa com Adélio no momento da foto, conforme depoimento obtido pela reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com o magistrado, ao espalhar a peça de desinformação, Carlos e Eduardo Bolsonaro queriam “alardear versão dos fatos na qual eles próprios acreditavam, com o fim de convencer a mais ampla audiência possível”.

A versão de Mergulhador, compartilhada pelos filhos do presidente, não encontra respaldo em dois inquéritos da Polícia Federal sobre o caso Adélio, que concluíram que o esfaqueador agiu sozinho em um crime sem mandantes.