A Justiça de Gravataí acolheu recurso e determinou, nesta sexta-feira, a soltura do angolano Gilberto Casta Almeida, de 26 anos, preso havia quase duas semanas após ter presenciado um tiroteio no município.
O pedido de liberdade autorizado pelo Judiciário partiu da defesa dele, que com base no inquérito policial, justificou que que o africano não teve participação alguma na troca de tiros, que ocorreu em 16 de maio. A investigação concluiu que os disparos contra uma guarnição da Brigada Militar foram efetuados pelo motorista do carro de aplicativo do qual o angolano era passageiro, que furou uma barreira policial. As informações foram confirmadas pela Record TV RS.
No tiroteio, a namorada do africano, Dorildes Laurindo, de 56 anos, sofreu um disparo. Ela corre risco de ficar paraplégica e segue internada no Hospital Dom João Becker. A investigação apontou que o motorista de aplicativo era foragido da Justiça, onde responde por uma tentativa de feminicídio.
Durante a perseguição, houve tiroteio. O motorista de aplicativo tentou fugir, mas acabou preso. O inquérito confirmou que partiu da arma dele o disparo contra a guarnição.
Gilberto e Dorildes foram encaminhados para atendimento médico. A Brigada Militar entendeu que o angolano também teve participado da ação, inclusive atirando contra os PMs. Após os depoimentos de todos os envolvidos, a Polícia Civil esclareceu que o casal se envolveu na confusão como vítima.