Monitoramento por celulares demonstra queda no isolamento social em Porto Alegre

Índices foram de 44% na segunda-feira, 43% na terça e 42% na quarta-feira

O monitoramento da movimentação dos moradores de Porto Alegre mostra que o isolamento social vem caindo de forma gradativa. Mesmo que o último domingo tenha registrado 56,9% de isolamento, o histórico do sistema compartilhado pela InLoco com a Prefeitura, que capta os sinais de 540 mil celulares, revela que os primeiros dias desta semana registraram queda. Os índices foram de 44% na segunda-feira, 43% na terça e 42% na quarta-feira – dia em que entrou em vigor o decreto que liberou o funcionamento do comércio e de serviços com ocupação limitada e medidas de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus.

No período de orientações de isolamento para diminuir a disseminação da Covid-19, índice igual ao dessa quarta (42%) só havia sido registrado em 8 de maio, sexta-feira anterior ao Dia das Mães. O dado só é maior do que o aferido no dia 19 de março, antes dos primeiros decretos de fechamento de comércios e suspensão de atividades.

O pico do distanciamento social se deu entre 22 e 23 de março, quando o chegou a 71%. O levantamento sinaliza que a movimentação na cidade começou a se intensificar a partir do fim de abril, quando a oscilação passou a ficar entre 40% e 50% nos dias da semana – e não mais entre 50% e 60%, como nos meses anteriores.

Segundo a prefeitura da capital, a retomada gradual das atividades resulta na queda do índice de isolamento. Para isso, é preciso que sejam reforçados os cuidados para evitar o contágio, como higienização e manutenção de distanciamentos mínimos entre as pessoas nos locais liberados a funcionar. Se a pandemia extrapolar a capacidade dos hospitais, a prefeitura deve estudar meios de voltar a atingir entre 50% e 70% de isolamento.

“É evidente que, agora, com a abertura das atividades, ainda que em uma capacidade reduzida, temos um aumento natural. O cuidado não é exatamente em saber quantos por cento a mais ou a menos de pessoas estão circulando. O fundamental é identificar em que medida essa maior circulação de pessoas reflete na capacidade de atendimentos em UTIs e no ritmo de contágio da doença”, explicou o secretário extraordinário de Enfrentamento do Coronavírus de Porto Alegre, Bruno Miragem.