“Brasil se tornou resiliente a crises”, sustenta secretário do Tesouro

Manuseto Almeida admitiu, porém, que "ninguém sabe bem" quando termina o período de distanciamento social

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

A volta à normalidade após o período de distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus ainda é incerta, disse nesta terça-feira o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Ele ressaltou, porém, que a rede de assistência social do Brasil permite ao País atravessar a crise “sem grandes perdas ou riscos” à sociedade.

Em videoconferência promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil, Mansueto disse que “ninguém sabe bem” como vai ser o processo de saída do distanciamento social”. No entanto, lembrou que a crise de 2015 e 2016, quando o PIB caiu por dois anos seguidos pela primeira vez desde os anos 1930, mostrou que o País se tornou resiliente a crises. As declarações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Mansueto também frisou o gasto com Previdência e Assistência no Brasil é equiparado ao de países riscos e que, “em 2015 e 2016, não vimos pessoas saqueando supermercado, passando fome”.

O secretário lembrou, no entanto, que o custo das políticas adotadas pelo País no pós-crise 2008 se tornou “muito alto”, em um alerta para o risco de tornar programas temporários – como o auxílio emergencial – em permanentes.

Mansueto reconheceu ainda que, após a crise provocada pela pandemia, vai ser necessário melhorar a qualidade de educação e gastar mais com saúde. “No Brasil, maior parte do gasto com saúde é privado”, reconheceu.