Vacinadas quase 6 mil crianças e gestantes no primeiro dia de campanha em Porto Alegre

Portadores de deficiência também fazem parte do público-alvo da terceira fase

Foto: Guilherme Testa / CP Memória

A terceira fase da vacinação contra a gripe, voltada a gestantes, mulheres que recém deram à luz e crianças de seis meses a menores de seis anos, começou, hoje, com movimento contínuo nos locais de atendimento em Porto Alegre. Conforme dados do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), foram vacinadas 4,8 mil crianças, 948 grávidas e 91 puérperas, nesta segunda-feira.

Com a ampliação do público-alvo, podem ser vacinadas também a partir de hoje, pessoas com deficiência. Crianças devem ser imunizadas nas unidades de saúde a fim de manter o acompanhamento do calendário vacinal. Já os outros públicos podem tomar a vacina uma unidade de saúde ou para as farmácias parceiras da Prefeitura.

A meta da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é imunizar 81,3 mil crianças na faixa etária indicada na campanha, 12,5 mil gestantes e 2 mil puérperas, o que corresponde a 90% da estimativa populacional, em cada faixa.

Para evitar aglomerações, a Prefeitura conta com o apoio de 45 farmácias parceiras, além de mais de 100 unidades de saúde, para imunizar, até 5 de junho, o público-alvo que ainda não se vacinou (veja aqui com locais de vacinação).

Mais de 100 mil doentes crônicos ainda devem se vacinar

O sistema de acompanhamento mostra, também, que 67,7 mil pessoas com doenças crônicas não transmissíveis foram vacinadas contra a gripe desde 16 de abril, início da segunda fase da campanha, sendo que a meta na Capital é vacinar 173 mil. Desse grupo, fazem parte pacientes com problemas respiratórios crônicos, cardiopatias, doenças renais, hepáticas, neurológicas, diabetes, hipertensão, obesidade, imunossupressão e transplantados, por exemplo.

Para evitar aglomerações em função do novo coronavírus, o Ministério da Saúde cancelou a realização do Dia D.

Professores e adultos de 55 a 59 anos, que fazem parte da quarta fase da campanha, poderão se vacinar de 18 de maio a 5 de junho. A vacina não protege contra o novo coronavírus, mas evita complicações causadas pelos vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B linhagem B/Victoria, que podem levar o paciente a internações hospitalares.

Por que se imunizar

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, também podendo causar pandemias, o que sobrecarrega os sistemas de saúde.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a ocorrência de casos da influenza varia de leve a grave e pode levar ao óbito. A hospitalização e morte ocorrem principalmente entre os grupos de alto risco.

Em todo o mundo, estima-se que as epidemias anuais de Influenza resultem em cerca de 3 a 5 milhões de casos de doença grave e de cerca de 290 mil a 650 mil mortes.