Celso de Mello dá 72 horas para governo apresentar gravações de reunião que Moro citou

Ex-ministro afirmou ter sido pressionado pelo presidente Bolsonaro, na ocasião, a substituir diretor-geral da PF

(Foto: Carlos Moura / SCO / STF / CP)

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Presidência da República entregue, em até 72 horas, as gravações de uma reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto, em 22 de abril, e citada pelo ex-ministro Sérgio Moro em depoimento prestado na tarde de sábado. Na reunião, um conselho de ministros, Moro disse ter sido pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro a substituir o diretor-geral da Polícia Federal e a liberar relatórios de inteligência e de informação do órgão.

Na reunião, registrada pela equipe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Sérgio Moro aparece sentado entre o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Aráujo, e o vice-presidente Hamilton Mourão.

Na decisão de Celso de Mello, ele determina ainda que os arquivos devam ser preservados com total integridade do conteúdo, para “impedir que os elementos nela contidos possam ser alterados, modificados ou, até mesmo, suprimidos”, já que, com a decisão, são considerados provas de um “procedimento de natureza criminal”.

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