Portaria estadual libera retomada gradual de atendimentos eletivos na rede hospitalar 

Redução de pacientes, em função do temor de contágio pelo novo coronavírus, derrubou, também, o faturamento do setor

UTI
Foto: Cristine Rochol/PMPA

O governador Eduardo Leite e a secretária de Saúde, Arita Bergmann, anunciaram hoje a publicação de uma portaria que estabelece protocolos a serem seguidos para a retomada gradual de atendimentos eletivos em hospitais públicos e privados do Rio Grande do Sul. Ontem, o sindicato dos estabelecimentos de saúde em Porto Alegre alertou que a redução de pacientes, em função do temor de contágio pelo novo coronavírus, derrubou, também, o faturamento do setor. Pelo menos uma delas, o Hospital Regina, em Novo Hamburgo, demitiu 132 trabalhadores alegando o impacto financeiro da crise sanitária.

A secretária explicou que o objetivo é normatizar essas atividades, dando orientações do ponto de vista epidemiológico, para garantir a segurança dos usuários e trabalhadores. Leite salientou que os procedimentos eletivos nunca foram proibidos, mas que os pacientes passaram a cancelar e a adiar os procedimentos devido ao avanço da Covid-19.

Atendimentos eletivos consistem em cirurgias, consultas, exames e procedimentos realizados sem urgência, com marcação prévia. Em entrevista à Rádio Guaíba, o presidente do Sindicato dos Hospitais e Clinicas de Porto Alegre (Sindihospa), Henri Siegert Chazan, relatou que as taxas de ocupação caíram, exceto em emergências e setores que atendem partos e acidentes de trânsito.

Em coletiva de imprensa em Brasília, nessa quarta-feira, o ministro da Saúde chamou atenção para a “demanda reprimida” de casos “não-Covid-19”. Nelson Teich observou que, quando o sistema se estabilizar, o risco é de que haja uma segunda crise em razão da necessidade de dar vazão a pacientes que, agora, vêm adiando o tratamento.