Depois de quase uma semana, consegui terminar a parte 4 de La Casa de Papel. A netflix disponibilizou os oito episódios na sexta-feira passada e eu, que adoro uma maratona, não engrenei.
A parte 4 de La Casa de Papel foi uma enrolação do começo ao fim. Sabe quando a gente assiste um episódio e pensa que se ele não existisse, não alterava em nada? Foi exatamente assim em seis, dos oito. Em síntese: só os dois últimos foram bons.
Acredito que a pior coisa que pode acontecer numa série é ela achar que o espectador é burro. As histórias muitas vezes são repetitivas, os arcos não tem fim e nós até deixamos passar um ou outro furo. Mas, a parte 4 de La Casa de Papel ultrapassou os limites da boa vontade.
O que a série tinha de mais legal, aquele jogo de xadrez e gato e rato entre polícia e bandido praticamente desapareceu, sendo apresentado nos dois últimos episódios, apenas. Fora isso, nem mesmo Rambo seria capaz de desviar de tantos tiros sem um arranhão em um combate, como aconteceu em determinado momento da narrativa. A produção ainda insiste em personagens muito chatos e histórias secundárias e flashbacks que não agregam em nada.
Ao fim da segunda parte da produção, pensei que não precisava mais. Tinha dado tudo certo, a série conquistou, foi muito boa e fechou seu ciclo: eles foram ovacionados, conseguiram fugir e desfrutariam de suas fortunas em lugares paradisíacos. O ruim da maior parte das produções de sucesso é não saber parar na hora certa. Não bastasse uma temporada fraquíssima, La Casa de Papel deu a entender, na última cena, que vai ter uma quinta parte.