Governo anuncia programa que financia folha de pagamento de empresas por dois meses pela Covid-19

Medida se destina ao financiamento da folha do pagamento de empresas por dois meses.

Foto: TV Brasil / Reprodução / CP

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento na manhã desta sexta-feira no Palácio do Planalto sobre ações econômicas que devem ajudar o Brasil a amenizar os efeitos do novo coronavírus. Na companhia dos chefes do Banco Central, Roberto Campos Neto; da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães; e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, Bolsonaro anunciou um programa que se destina ao financiamento da folha do pagamento de empresas por dois meses.

Logo depois da fala de Bolsonaro, o primeiro a anunciar as medidas foi o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “Temos agora o problema do novo coronavírus e anunciamos um programa, formulado pelo Banco Central, Ministério da Economia e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), que se destina ao financiamento de folha do pagamento de empresas por dois meses. São R$ 40 bilhões, R$ 20 bilhões por mês. Esta iniciativa poderá ajudar 1,4 milhão de companhias e 12 milhões de pessoas. A linha de crédito será para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões”, explicou Neto.

Neto colocou ainda que dos R$ 20 bilhões mensais, R$ 17 bilhões são de financiamento do Tesouro Nacional, enquanto outros R$ 3 bilhões virão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “O programa irá garantir o pagamento de até dois salários mínimos, este é o limite. A divisão de risco ficará em 85% para o governo e 15% para os bancos. E toda empresa que aceitar a linha de financiamento não poderá demitir o funcionário por dois meses. Nós criamos o programa para fazer questão que este dinheiro vá diretamente para o funcionário. Acreditamos que a iniciativa irá ajudar muito as pequenas empresas e que está alinhada com os anúncios do governo”, declarou.

A Caixa Econômica Federal (CEF), através do seu presidente, Pedro Guimarães, anunciou que todas as linhas de crédito, sem exceção, serão reduzidas. Além disso, Guimarães garantiu a oferta de crédito de R$ 5 bilhões para atender as Santas Casas. “Na área de crédito imobiliário, já fizemos com que 800 mil famílias pudessem postergar por três meses o pagamento. Se a crise se intensificar, nós vamos continuar postergando”, avisou.